Mostrando entradas con la etiqueta Homenaje. Mostrar todas las entradas
Mostrando entradas con la etiqueta Homenaje. Mostrar todas las entradas

domingo, 16 de enero de 2022

Falecimento de Onofre Tavares (1927-2022) - Um dos maiores sprinters e pistards portugueses dos anos 40/50 !

Chega pelo Facebook uma triste notícia: faleceu este domingo, dia 16 de janeiro, o antigo ciclista e apreciado técnico de ciclismo Onofre Tavares, “um dos maiores sprinters e pistards portugueses dos anos 40/50”.

Aqui o autor do espaço de Memória Portista assinala o facto, como justo preito de reconhecimento por quanto representa no imaginário do ciclismo portista e nacional, apresentando as mais sentidas condolências à família.

Descanse em Paz Campeão!

Como homenagem também nesta ocasião, acrescento o artigo que há já alguns anos aqui lhe foi dedicado no blogue pessoal Memória Portista:

« Onofre Tavares: Referência Memorável do Ciclismo do F. C. Porto e Português.


O ciclismo é uma modalidade atrativa, diante da imagem ligada do homem à máquina, perante o esforço humano em cima da bicicleta. Enquanto, no caso que nos toca, apesar de ser uma secção que esteve extinta entre 1984 a 2016 dentro do ecletismo portista, foi uma das principais modalidades no que concerne a prestígio, na vida do F. C. Porto, sendo por via do desporto dos pedais que muitos adeptos se foram afeiçoando à coletividade da Constituição e das Antas, da cidade do Porto. 

Efetivamente, em tempos de menor rendimento do futebol azul e branco, quando a equipa de futebol não conseguia títulos de relevo, era o ciclismo que dava honra e glória ao grande clube portuense. Faz parte das memórias portistas do autor destas notas o entusiasmo que o ciclismo gerava, sabendo que chegado o Verão o F. C. Porto era rei e senhor pelas estradas além, com a passagem dos corredores às terras de quase todos os portugueses e até à porta de cada um, nas andanças das corridas clássicas, mais dos grandes prémios, e por fim da Volta a Portugal, quando todas as atenções se colocavam nos nomes dos grandes ases dos pedais. Sendo que o F. C. Porto detinha grande poderio na caravana ciclista, suplantando por norma os grandes rivais, vingando então erros grosseiros de arbitragens nos campos da bola e manobras diretivas do futebol. 

Eis, pois, um dos motivos porque continuamos a pugnar pela preservação histórica do historial ciclista das camisolas listadas de azul e branco, do que foi o ciclismo no F. C. Porto. Que, pese embora ter deixado de existir durante largos anos no F. C. Porto  não se pode nem deve esquecer o passado. Não sendo muito de entender como nos livros sobre o F. C. Porto só aparece o futebol, de fio a pavio, e o próprio museu do clube, nas versões antes existentes, apresentava uma grande maioria de percentagem em objetos e espaços dedicados ao futebol, com lacunas evidentes quanto à devida dimensão das modalidades. Desejando-se, por isso, que o futuro espaço museológico do Dragão venha a contemplar tudo e todos os que, por seus feitos valorosos, mais da lei da morte se libertaram. Mesmo sabendo-se, e todos nós sentindo, que o futebol é a mola real da vida clubista, não se deve olvidar tudo o mais, antes será de glorificar e perpetuar o que contribuiu para o engrandecimento do clube, valorizando tudo o que tem e teve valor.


Nesse âmbito, tal como já recordamos alguns dos nomes salientes da modalidade dentro do F. C. Porto, evocamos agora mais um dos ídolos do passado, trazendo à lembrança um ciclista de tempos recuados, daqueles que ajudaram a cimentar o carisma que a modalidade ganhou no seio da coletividade alvi-anil – o Onofre Tavares. Um “sprinter” de renome e especialista de provas de pista, mas também estratega de equipa; daqueles ciclistas que permaneceram nas memórias dos adeptos, apesar de não ter vencido nenhuma Volta a Portugal, a prova que mais imortalizava os grandes estradistas. Em sinal, isso mesmo, do carisma do próprio ciclista, como nome dos mais aplaudidos pelo país fora. 

Soubemos, há tempos, que em 2013, o Museu do Ciclismo, sediado nas Caldas da Rainha, homenageou alguns antigos ciclistas portugueses, entre cujas grandes glórias do passado, que aí passaram a ter essa honra, estão Onofre Tavares e Joaquim Leite, dois antigos desportistas das corridas de bicicletas que andaram nas estradas e pistas com a camisola do F. C. Porto. Por acaso dois corredores que tiveram seus maiores êxitos ao serviço do F. C. Porto, mas também passaram pelo Benfica. O mais novo, Joaquim Leite, depois de ter andado nos seus melhores tempos pela equipa das Antas, inclusive com vitórias em provas importantes do calendário nacional da modalidade e ter chegado a ser portador da camisola amarela na Volta a Portugal, enquanto correu pelo F. C. Porto, acabou depois por se transferir para a equipa ciclista lisboeta por sua livre vontade. Ao passo que o mais velho, Onofre Tavares, esse teve um período em que, após a sua formação e de seguida dois anos já como senior a representar o F. C. Porto, teve de interromper essa ligação noutras duas épocas seguintes em que vestiu a camisola do Benfica, mas apenas enquanto cumpriu o serviço militar, por ter estado na tropa em Lisboa; para depois logo ter regressado ao seu clube, onde acabou a carreira passado alguns anos. Havendo grande diferença de tempo entre eles, pois Onofre Tavares se distinguiu sobre o selim pelos anos de quarenta e cinquenta, ao passo que o outro mais jovem evoluiu já nos inícios da década de setenta, do século XX naturalmente.

= Foto de um painel constante num dos museus dedicados à modalidade, no caso o Museu do Ciclismo, nas Caldas da Rainha.= 

Então, damos de novo espaço ao ciclismo.

= excerto duma crónica na revista Stadium, edição de 10 de Julho de 1946.= 


Recuemos então a tempos de antanho. E passamos a lembrar um dos grandes ídolos dessas eras remotas, Onofre Tavares, como era e é conhecido, esse sorridente ciclista que a meio do século XX era famoso e deveras vitorioso . 

De nome completo Onofre Alexandre Tavares Marta, nasceu em 29 de Agosto de 1927, segundo os dados conhecidos, na freguesia de Gulpilhares, concelho de Vila Nova de Gaia. Representou o F. C. Porto e o S. L. Benfica (durante o serviço militar) e manteve-se em atividade de 1943 a 1957. “Sprinter” notável, ganhou muitas corridas e circuitos. Foi Campeão Regional de Fundo por 3 vezes e de Velocidade por 6, e ainda Campeão Nacional de Fundo em 1953 e Campeão Nacional de Velocidade por 4 vezes. Mas ganhou sobretudo nome de cartaz em ter sobressaído nas vezes que correu a Volta a Portugal, prova-rainha do calendário português em que Onofre Tavares participou em oito edições, tendo sido portador da Camisola Amarela e vencedor de 10 etapas. Internacionalmente correu a Prova “9 de Julho” no Brasil e o Madrid-Porto em 1950, clássica esta onde venceu uma etapa. 

O então jovem Onofre começou a revelar-se muito novo a guiar bicicletas de corrida. Como aliás refere uma coluna que lhe foi dedicada no livro da Fotobiografia do F. C. Porto (por Rui Guedes), com foto e legenda que mais tarde teve também lugar num volume da coleção “Dragão Ano 111 (escrita por Alfredo Barbosa e editada pelo Comércio do Porto) – conforme se vê na foto seguinte. 

Aliás ele foi quase um dos pioneiros, pois foi pouco antes que começou o ciclismo no clube, já que logo nos inícios dos anos 30 apareceram as primeiras formações azuis e brancas, nas quais havia duas categorias, Fracos e Fortes, á imagem da época. Sendo que dos chamados Fortes do Porto faziam parte uns Nunes de Abreu, Adalberto Soares, Elias Cruz e José Rainho, e sabendo-se que na Volta de 1934 o F C P participou com duas equipas, nas tais diferenciadas classes. Enquanto já em 1936 havia camadas jovens de ciclismo na agremiação da Constituição, segundo se constata por registo de vitórias do então juvenil Onofre Tavares, ao que vem na Tábua Biográfica da “Fotobiografia do F C Porto” (ed. 1987, de Rui Guedes).


Desse tempo fica-se ainda a saber mais através de uma reportagem da revista "Ciclismo a Fundo", na qual foi publicado um pequeno artigo sobre Onofre Tavares no seu número 20 de "Abril/Maio de 2012". Aí, na rubrica “O que é feito de si”, o antigo campeão Onofre Tavares teve direito a estar sob os “holofotes da fama” ao recordar as mais gloriosas e pitorescas histórias de uma vida quase inteiramente dedicada ao seu desporto de eleição, o ciclismo. Com o próprio a descrever as origens da sua carreira de ciclista, por suas próprias palavras: "Ninguém na minha família tinha ligações ao ciclismo, mas quando eu tinha uns seis ou sete anos os meus pais ofereceram-me uma bicicleta e a paixão foi imediata. Como o meu pai tinha uma sapataria comecei a utilizá-la como meio de transporte para levar o calçado aos fregueses dele." E foi aos 14 anos que participou na sua primeira prova de ciclismo: "Um dia fui levar o calçado a um barbeiro que era um cliente antigo do meu pai e ele, sem eu saber de nada, inscreveu-me numa corrida de ciclismo, a Coimbrões-Grijó-Coimbrões. Sem preparação, e sem sequer saber ao que ia, consegui finalizar com o grupo da frente." 


Já mais crescidote, fazendo parte da equipa portista, contribuiu para as vitórias do F. C. Porto no Campeonato Regional de Amadores Seniores, individualmente e por equipas, e no Campeonato Regional de Independentes, em 1940/41.Época em que também, entre outros factos, contribuiu no jogo de equipa para a vitória de Aniceto Bruno nas provas oficiais Porto-Guimarães-Porto, Porto-Fafe-Porto e Circuito do Estoril. Seguindo-se no ano imediato novas vitórias nos mesmos campeonatos regionais. Por essa época, estava o ciclismo ainda a passar por uma fase indefinida, como se nota em ter havido, em Maio de 1942, um festival desportivo a reverter para a secção de ciclismo do FCP, no campo da Constituição, com a participação de outras secções do clube, através de jogos de andebol e futebol; sendo que em andebol de onze foi entre antiga equipa de 1935 e a então atual, de 1942 (verificando-se uma vitória dos mais antigos por 3-2), bem como em futebol ocorreu um encontro entre velhas guardas da equipa de 1932 e a do ano vigente, de 42 (com os mais novos a terem suplantado os mais idosos por um engraçado resultado de 7-5). Curiosamente, havia então provas de pista, em que o F. C. Porto contava com o especialista Onofre Tavares, como foi o caso duma prova chamada “Uma Hora Americana”, na qual a equipa do F. C. P. triunfou. Entre esses exemplos e mais vitórias coletivas, note-se ainda que em 1943 Onofre se sagrou Campeão de Velocidade do Norte, título que repetiu em 1944 e por aí adiante. 

Havia sucessivamente passado, entretanto, pelas diversas categorias existentes, então, alcançando em 1945 os títulos de Campeão de Velocidade e de Fundo do Norte – num tempo de que é coeva a imagem (imediata), retirada da revista Stadium de 1 de Agosto de 1945, respeitante a uma vitória verificada no mês de Julho desse mesmo ano, conforme a sua legenda: «Onofre Tavares, do F C Porto, vencedor do “critério” para Amadores».


Chegado depois à categoria superior, esse já então conhecido sprinter vence idênticos campeonatos a nível nacional, sagrando-se em 1946 Campeão Nacional, até que começa a participar na Volta portuguesa. Então logo venceu a sua primeira etapa da Volta a Portugal em 1946, por curiosidade também a primeira etapa da Volta desse ano, entre a Cova da Piedade e Setúbal, na distância de 52 km, e assim foi o primeiro dono da Camisola Amarela dessa Volta de 46. Na qual, dias depois, voltou a repetir a façanha ao vencer a 9ª etapa, chegando em primeiro à meta instalada em Castelo Branco. Enquanto, no decurso da prova, se revelou um dos principais animadores da corrida, alcançando por fim o 3º lugar final no pódio.


Dessa sua brilhante estreia na maior prova velocipédica portuguesa constam umas sugestivas e sintomáticas gravuras de banda desenhada incluídas no álbum “ OS HERÓIS DA ESTRADA” (edição Jornal de Notícias e O Jogo), cujas pranchas demonstram, a preceito, o bom desempenho obtido. 


Continuaria no ano seguinte a envergar a camisola azul e branca do seu F. C. Porto, mantendo o ritmo vitorioso, até que em 1947, devido ao serviço militar, fixado que estava em Lisboa, lá abalou para as bandas do Benfica. Como ainda se pode constatar por uma coluna que foi publicada na Stadium de 29 de Janeiro de 1947.


Intrometida que foi essa passagem pelo clube lisboeta, com cuja camisola encarnada andou em 1948 e 49 (sem grande saliência, acrescente-se, diante da falta de posição em lugares de relevo), regressou novamente à Invicta e ao F. C. Porto em 1950, para logo ter sido Campeão Nacional de Velocidade. Tendo permanecido de azul e branco os restantes anos de seu percurso, numa carreira que se prolongou a correr de bicicleta até 1957. 

Durante esse período acrescentou ao seu historial muitas vitórias, sobremaneira totalizando na Volta a Portugal significativa conta de triunfos em 10 etapas, e haver envergado a Amarela 2 vezes.

= Equipa do F C Porto que conquistou a Volta em 1950.= 

Pormenorizando um pouco, como merece o seu desempenho: em 1951 Onofre Tavares foi primeiro na 2ª etapa da Volta a Portugal, em percurso terminado em Vila do Conde, bem como venceu a 5ª etapa, finda em Évora, a 11ª etapa, em Aveiro e a 14ª etapa, em apoteótica chegada ao Porto. Depois, em 1952 venceu o Circuito da Malveira, mantendo de seguida a pedalada até à 15ª e penúltima etapa da Volta, de Braga a Vila do Conde, em cujo itinerário Onofre Tavares ajudou à vitória coletiva – pois, antes da etapa de consagração que ditou o companheiro de equipa Fernando Moreira de Sá como vencedor da Volta, houve lugar a essa etapa no sistema de contra-relógio por equipas. Tendo, nesse dia, a equipa do F. C. Porto arrancado uma boa corrida, com o conjunto formado por Fernando Moreira de Sá, Onofre Tavares, Amândio Cardoso, Luciano Sá, Joaquim Sousa Santos e Emídio Pinto a conseguirem então aumentar (para seis minutos) o avanço sobre a equipa adversária mais próxima, assegurando mais uma vitória coletiva na classificação geral respetiva, e deixando a equipa do Sangalhos no segundo posto à distância de meia dúzia de minutos.

= A equipa do F.C. do Porto, que venceu a Volta de 1952 =

Continuando a enumerar suas vitórias mais significativas, em 1953 Onofre foi 1º no Campeonato Nacional de Estrada, sagrando-se assim Campeão Nacional de estrada na categoria de Elite. Após isso, em 1956, logo na 1ª etapa da Volta desse ano, ajudou à vitória da equipa do F. C. Porto na corrida de pista por equipas, no Estádio do Lima (alcançando um dos três primeiros lugares, que contavam para a classificação coletiva, junto com os colegas Artur Coelho Guimarães e José Carlos Carvalho Pereira - sendo aí Artur Coelho o primeiro e como tal quem envergou a camisola amarela), continuando depois Onofre Tavares como vencedor da 10ª etapa da Volta a Portugal, em Vila do Conde, e obtendo iguais vitórias na 9ª etapa, sobre a meta instalada em Vila Real, mais a última etapa, chegada ao Porto. Ao passo que em 1957 conseguiu vencer a 7ª etapa da Volta a Portugal, em Beja, e a 14ª, por fim, no Porto.

= Foto da festa de despedida de Aniceto Bruno, em 1951, no decurso de um festival de homenagem, na pista do estádio do Lima.= 

Em pleno Verão de 1957, decidido que seria o seu último ano de corridas, Onofre Tavares teve uma Festa de Homenagem, no Lima, a 27 de Julho desse mesmo ano. Antes do início da que seria a sua  8ª e última presença na Grandíssima Portuguesa.


27 de Julho de 1957, sábado festivo de emoções, em plena cidade do Porto:
Festa de Homenagem a Onofre Tavares, o grande sprinter do F C Porto e de Portugal, no estádio do Lima, primeiro estádio com pista de ciclismo, em redor do também primeiro campo relvado para futebol, na cidade do Porto.  

(Sendo essa homenagem realizada nesse então recinto do Académico, porque o estádio das Antas, inaugurado em 1952, ainda não tinha a pista de ciclismo ativa, mais tarde inaugurada na etapa inicial da Volta a Portugal de 1962.) 

=Imagens do álbum de boas memórias duma grande carreira!



Na ocasião foi publicado um livro biográfico sobre o mesmo, ”Onofre Tavares – Rei do Sprint”, da autoria de Tomás Cardoso e publicado pela Gráfica Ibérica, do Porto, em sinal de sua importância (livro entretanto esgotado e que teve reedição em 2016, em 2ª edição da editora “bubok” – Bubok Publishing S.L., graças ao empenho dum grande entusiasta e conhecedor do ciclismo nacional, Eduardo Lopes, de Lisboa).

= Onofre chegou a ser um dos favoritos à Volta a Portugal quando jovem. Como se recorda por uma gravura inserta no jornal O Norte Desportivo de 1952: - Onofre Tavares e Américo Raposo, duo de favoritos a vitórias por esses tempos como cabeças de cartaz da correria do pelotão, em imagem de 1952 - nas expetativas referentes à Volta a Portugal desse ano (ganha depois por Fernando Moreira de Sá, do FC Porto). Note-se que na legenda original (do jornal de 1952) estão mal colocadas as indicações de direita e esquerda…

Estava então prestes a encerrar assim a carreira desse ciclista, ao cabo de 20 anos de competição velocipédica. Em sua honra, marcaram presença os espanhóis Saura e Esmaltzes, mais o campeão português Ribeiro da Silva, recém-chegado da sua brilhante participação na Volta à França.

= Onofre Tavares felicitado por Ribeiro da Silva, na sua Festa de Homenagem, na presença de alguns ciclistas dos que se associaram a esse reconhecimento público, entre os quais os colegas de equipa portista Emídio Pinto e Sousa Santos.

Dias depois de terminada a Volta a França, e quase a começar a Volta a Portugal desse ano, era então prestada justa homenagem ao histórico ciclista Onofre Tavares, em festa também de despedida antecipada (pois que ainda correu a Volta a Portugal, de seguida). Um dos maiores vultos do pelotão nacional, nesse tempo.

Sendo a festa organizada pelo FC Porto, naturalmente teve diverssos números relacionados com o clube, havendo na ocasião sido mostrados ao público pelos elementos do ciclismo portista os troféus  oficiais que Artur Coelho conquistara dias antes no Brasil, na clássica prova "9 de Julho", em São Paulo: a escultórica Taça Vitória / Taça da Gazeta Esportiva para o vencedor e a "Taça Tico-Tico" para o primeiro estrangeiro da mesma Volta a São Paulo.


Do principal prato do programa teve lugar o cerimonial de homenagem, em cujo decurso houve intervenções de homenagem a Onofre Tavares, pelo jornalista Justino Lopes, pelo Presidente do FC Porto, Dr. Paulo Pombo e pelo representante da Federação Portuguesa de Ciclismo, Abílio Pacheco.


Quanto à homenagem propriamente, é contado um relato algo pormenorizado  no jornal O Porto, em seu número de 31 de Julho seguinte, com algumas fotos de ilustração, também.


Conforme se lê no texto da reportagem, na mesma edição do ao tempo jornal oficial do FC Porto foi transcrito o discurso de elogio ao homenageado:


Do programa festivo fizeram parte diversos números, englobando corridas de pista:


Corrida de eliminação – vencedor Carlos Carvalho (FC Porto).
Critério de velocidade (20 voltas) - vencedor Sousa Cardoso (FC Porto).
Corrida de Perseguição (à italiana) - vencedor Esmaltzes (Espanha).

Por fim, decorreu a última prova com Onofre Tavares. Corrida «Uma hora à americana». Saindo vencedora a equipa formada pela dupla Onofre Tavares-Luciano de Sá, ambos do FC Porto.

(Onofre Tavares depois correu ainda a Volta a Portugal, na sua 8ª presença na Grandíssima Portuguesa, que já não chegou a concluir, mas antes e enquanto esteve em prova venceu duas etapas.)



Sobre o campeoníssimo “spinter” Onofre Tavares, mais tarde treinador e sempre figura do ciclismo português, fica esta homenagem à aura que permanece no mundo do desporto das bicicletas de corrida.


Manteve depois Onofre Tavares, entretanto, sua ligação ao F. C. Porto ao longo dos anos, colaborante que foi sendo sempre que solicitado. Contudo, não só ao clube azul e branco mas também ao ciclismo nacional. Depois de se retirar da prática ciclista, por diversas vezes foi treinador, tendo estado à frente da equipa do Académico do Porto no início da década de sessenta (foi treinador em 1961, por exemplo, de Alberto Carvalho, Manuel Castro, Joaquim Costa e demais, pouco antes da extinção da modalidade no popular Académico); e sobretudo teve relevo na orientação de equipas do ciclismo portista, quer como diretor desportivo adjunto, ao lado de Franklim Cardoso e Emídio Pinto, quer como técnico principal; tendo sido sob seu comando que o F. C. Porto venceu a Volta a Portugal de 1964, a nível individual (através da vitória de Joaquim Leão), como coletivamente (na classificação por equipas). 

  



A este grande nome do ciclismo portista e nacional, a esse bom adepto Portista que é ainda admirado entre Portistas mais ciosos do Portismo que nos corre nas veias, fazemos esta homenagem, trazendo sua grandeza desportiva à tona das memórias alvi-aniladas. Não chegamos a acompanhar sua carreira ciclista, mas somos ainda do tempo em que ele orientou a equipa principal de ciclismo do F. C. Porto. E como vibramos - tínhamos à volta de dez primaveras de vida - quando vivemos à distância a vitória na Volta ganha com Joaquim Leão vestido de amarelo e em equipas pela formação do F. C. Porto. Não mais esquecendo aquela volta de honra final, em plena pista de Alvalade, num orgulho de então sentirmos Lisboa a ter de presenciar tal honra de exibição gloriosa de toda a equipa do F. C. Porto, ali patente e completa (por terem acabado todos os que haviam começado essa Volta a Portugal com a camisola azul e branca); indo, em roda lenta todos os componentes da equipa perfilados, em formatura sobre as bicicletas e apoiando-se com as mãos nos ombros uns dos outros, logo a seguir ao vitorioso Joaquim Leão, esse com a coroa de louros, a tiracolo; e, à frente, também de bicicleta, seguindo adiante e levantando ao alto um vistoso ramo de flores, lá ia Onofre Tavares, “à paisana”, numa verdadeira apoteose, qual justa consagração voltista de toda a equipa e do treinador.

= Volta a Portugal de 1964 - Equipa do F. C. Porto que ganhou coletivamente e colocou três homens nos seis primeiros lugares da tabela classificativa: (a partir da esquerda) Joaquim Freitas, Sousa Cardoso, Carlos Carvalho, Mário Silva, José Pinto, Onofre Tavares (orientador técnico), Joaquim Leão, Ernesto Coelho e Mário Sá. Ali estava o triunfador individual desse ano, mais outros três anteriores vencedores da Volta. =

Deixou assim esse senhor seu nome associado ao ciclismo do F. C. Porto, surgido neste clube inicialmente ainda na década de trinta e regressado nos primeiros anos quarentas, até ter sido finalmente suspenso em 1984 (até ter regressado em 2016). Estando Onofre entre seus maiores valores, integrando uma galeria de ilustres campeões, dos que ao longo dos muitos anos de atividade o F.C. Porto formou e possuiu, como foi Fernando Moreira, o primeiro ciclista dos azuis e brancos a vencer a Volta a Portugal em Bicicleta, no ano de 1948, mais Dias dos Santos, que bisou, tal como Aniceto Bruno, Moreira de Sá, Amândio Cardoso, Carlos Carvalho, Artur Coelho, Sousa Cardoso, Mário Silva, Joaquim Leão, Sousa Santos, etc. etc. Até que, ainda hoje, embora o Sporting e o Benfica tenham abandonado mais tarde (inclusive com o Benfica e o Sporting a terem tido uma ainda recente reaparição episódica), o F.C. Porto detém o maior número de Voltas ganhas, quer a nível individual como coletivamente.


E Onofre é (era) sócio do F.C. Porto, clube do seu coração, sendo associado detentor dum número baixo pela sua antiguidade de inscrição, como tal. Nessa categoria, há já alguns anos, recebeu a roseta que distingue os associados pela sua longevidade associativa, em cerimónia ocorrida em 1996, aquando do 103º aniversário do F. C .Porto. Desse ato é a fotografia anexa, em que se vê o Presidente da Assembleia Geral do FCP, Dr. Sardoeira Pinto (e na presença do Presidente do Conselho Cultural, sr. Álvaro Pinto), a honrar Onofre Tavares com tal honorífico emblema que lhe ficou a assentar na lapela.

 

***

Mais recentemente, Onofre Tavares recebeu a Roseta de Diamante (de sócio com 75 anos de filiação clubista) em dezembro de 2018. Ato decorrido no estádio do Dragão, com a distinção entregue pelo presidente Pinto da Costa, tendo então o sr. Onofre recordado a amizade que tinha com José Maria Pedroto e com Hernâni, nomes icónicos do futebol do FC Porto, desde os saudosos tempos das Antas.

 
*** 
Diante de tal memorização, trazendo à superfície da memória portista essas épocas de grandiosidade do F. C. Porto por via do ciclismo, deixamos escapar em suspiro: - Como não pôr no ciclismo Portista tanto apego e significado?! 

16 de JANEIRO DE 2022 - Armando Pinto 

»»» Clicar sobre as imagens ««« 

lunes, 12 de octubre de 2020

Presidente da República Portuguesa homenageou Amaro Antunes e a vitória da Volta a Portugal em Bicicleta de 2020

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, recebeu sábado em audiência especial, nos jardins da Casa Allen, no Porto, uma delegação do ciclismo português e portista, incluindo sobremaneira o vencedor da Volta a Portugal, Amaro Antunes, mais o timoneiro da equipa W52-FC Porto, Adriano Quintanilha, e ainda o presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, Delmino Pereira. Não tendo estado presente o diretor desportivo da equipa vencedora, Nuno Ribeiro, em virtude de lhe ter falecido sua mãe ainda recentemente. Estava para ir também o presidente da Câmara Municipal de Felgueiras, Nuno Fonseca, em representação da terra que tem a sede atual da equipa W52-FC Porto, mas (julgamos, atendendo ao conhecimento do plano inicial) possivelmente pelas condicionantes da pandemia, a receção foi reduzida.

Aproveitando sua agenda de fim-de-semana no Norte do país, Marcelo Rebelo de Sousa homenageou assim o vencedor da "Volta a Portugal-Edição Especial Jogos Santa Casa", Amaro Antunes, mesmo na cidade do Porto. Algo simbolicamente importante, visto o grande vencedor ter sido o esquadrão azul e branco e Amaro Antunes como Portista confesso, em vez de ter de ir a Lisboa e ao Palácio de Belém, como é normal nessas ocasiões, teve esse momento especialíssimo na Invicta cidade do seu clube. Tendo o vencedor da Volta a Portugal oferecido uma sua camisola amarela ao Presidente da República Portuguesa. 

A viver momentos felizes, o ciclismo e a equipa W52-FC Porto, teve então esse ato oficial, como corolário da grande vitória na Volta a Portugal.

Desse acontecimento, que teve lugar na Casa Allen, a fazer efeito de residência oficial da Presidência da República durante este fim-de-semana, registamos o facto, aqui neste espaço de memorização portista, através de recorte do que resumidamente foi publicado no jornal O Jogo, edição de domingo 11 de outubro.  

Ainda na mesma edição do jornal O Jogo, é feita referência ao Diretor Desportivo Nuno Ribeiro, pela sua estratégia vitoriosa. Tendo pela terceira vez conseguido os 1º e 2º lugares da classificação geral individual na Volta a Portugal, além das vitórias na classificação coletiva por equipas, com a W52-FC Porto; e ainda as somas da Volta e do Grande Prémio mais importante do calendário português.  

Armando Pinto - OUTUBRO DE 2020

((( Clicar sobre as imagens ))) 

martes, 31 de marzo de 2020

No me gusta la palabra "Gregario": Un homenaje a los Coequipiers

Antonio Menéndez al frente del pelotón



Como ya muchos sabeis, la palabra Gregario, no es de mi agrado, sobre todo por que denota un cierto desprecio cuando se emplea en los foros ciclistas o en los medios de comunicación, y a pesar que el Diccionario dice de ella " corredor encargado de ayudar al cabeza de equipo o a otro ciclista de categoría superior a la suya", o también en otros diccionarios: "corredor que ayuda a conseguir la victoria a su jefe de filas", pero en ninguna de las definiciones ni se emplea ni se menciona  la palabra TRABAJO, eso es simplemente, y vaya como lo hace, lo que hace este tipo de corredor: 
ir por comida, ir por bebida, recoger los chubasqueros, los manguitos, las chaquetas, esperar a su líder, si ha pinchado o ha tenido una caída, o por que se ha quedado haciendo cualquier necesidad fiisológica, le da su bicicleta si se ha estropeado la del jefe, le quita el viento, lo reintegra al grupo y a veces lo pasa a la cabeza delpelotón...........es decir, lo arropa, lo impulsa, hace todo lo posible y más para que no pierda ni un segundo y no quede cortado, y si no ha entrado en el primer abanico, pues se muere sobre la bicicleta para intentar llevarlo hacia él.....no importa el tiempo que pierda, el que no debe perder tiempo es su líder.......incluso si este corredor llega fuera de control no importa hay otro "gregarios" por que generalemnte en un equipo hay uno o dos líderes, el resto con trabajadores incansables que se sacrifican km a km por ellos, por los que según los directores son  a los que hay que proteger y cuidar.


En muchas ocasiones, el líder tiene a uno de estos corredores como compañero de habitación, donde no ha terminado su trabajo, debe intentar que el líder mantenga su mente totalmente concentrada en la carrera, que no se venga abajo si las cosas no están saliendo como esperaba, o si ha perdido un tiempo con el que no contaba en un principio, con lo que su trabajo ya entra en cuestiones de asesoramiento  psicológico.


Pues bien , califico a estos corredores indispensables en la Historia del Ciclismo, y en el 99,99 % de las victorias de sus líderes, con el calificativo  Coequipiers, lejos de las demoninaciones de Gregarios, Aguadores, o cualquier otra. Y como ya sabeis también, a los Coequipiers más destacados y que hacen un trabajo impecable y continuo , los denomino : IMPRESCINDIBLES.  

Y no podemos olvidar a unos coequipiers fundamentales para sus líderes rápidos: los LANZADORES, los últimos corredores que lanzados a toda la velocidad posible llevan a su esprinter casi, casi a la línea de meta en inmejorable posición para que se imponga los demás: M. Morkov, Sabatini, Soupe, Max Richeze.....son algunos de los actuales.

Tampoco dejemos de señalar a unos cuantos que tras su impecable trabajo, tras ser IMPRESCINDIBLES durante años, se convirtieron ellos mismos en líderes: Carlos Satre, Froome o Joaquín"Purito" Rodríguez, nos pueden servir de extraordinarios ejemplos.



En la foto de portada teneis a uno de los IMPRESCINDIBLES: Antonio Menéndez, para mi uno de los grandes ejemplos de imprescindibles, al igual que Julio San Emeterio, Sebastián Elorza, Anatole Novak,  Jozef  De Schoemaecker, Tristan Hoffman, Gricha Nierman , Servais Knaven, Pablo Lastras, Dani Moreno y actualmente Nieve, Oss  o Tim de Clerq, pero no son los únicos, no,  afortunadamente para sus líderes siempre han existido y continuarán existiendo.






Unos apuntes sobre Antonio Menéndez

 
 
















Manuel Alvarez comenta sobre él : "Un excepcional e imprescindible compañero de equipo en todas las escuadras donde militó por sus magníficas prestaciones en todas las disciplinas, pero sobre todo un gregario todo terreno para el mítico corredor asturiano José Manuel Fuente, El Tarangu del que fue compañero durante varios años en el equipo KAS. Fue lo que dirían los franceses un coéquipier de luxe."





Pugliese lo bate en el Giro.


Asturiano, profesional desde 1970 hasta 1979, 

militó en 1970 y 1972 en el Karpy, en 1971 en La Casera-Bahamontes, desde 1973 hasta 1977 en el Kas , en 1978 en Teka y su última temporada en el Moliner-Vereco.
Desde 1973 siempre con M. M. lasa, en Kas, Teka y Moliner.

En Karpy, a las órdenes de G. Aja, Castelló, con Fuente, Santisteban y A. Irusta, en la otra temporada también con los hermanos Galera y Antonio Gómez del Moral.
En La Casera, trabajó para Abilleira, Oliva, Pedro Torres o Zurano

En Kas, con Santisteban, al servicio de muchos: Fuente, López Carril, Galdós, Perurena, G. Linares, Pesarrodona, Lazcano, Oliva, y más tarde también para Cima, Fernández Ovies, Martínez Heredia o José Martins.

En Teka a las órdenes de Eulalio Garcia, M. Esparza, Elorriaga, Oliva y Pedro Torres
Y en el Moliner, además de su inseparable M.M. Lasa, Alberto Fernández, Arroyo, Rupérez y de nuevo jose Martins.

Indispensable en las Grandes Vueltas: 6 Tours, 5 Vueltas, 2 Giros y 1 Vuelta a Suiza.

 
GIRO : Tras 222 km , triunfador con muchos minutos sobre el pelotón


11ª etapa de la Vuelta 1975, y también la 11º etapa del Giro 1976, marcando el Récord de escapada en solitario con 222 km.

 
Marcando estrechamente al Monstruo.



1 etapa en la Volta, en Cerdeña, Cantabria, La Rioja, Semana Catalana, Valles Mineros
1 etapa C. R. por equipos en Asturias
Trofeo Iberduero, G. P. Llodio, G. P. Vizcaya
Montaña en la V. a Asturias
Sprints en Semana Catalana y Valles Mineros.




Dos de los Grandes Asturianos




“Fuente quería que ganara yo y me lo repitió muchas veces, hasta que le convencí de que no me esperara porque se jugaba la Vuelta. Tenía yo razón porque a Agostinho en la crono final sólo le faltaron doce segundos para aventajar a Fuente




Ahora nos vamos a ocupar de otros 5 de ellos.





URTEKARIA  REVUE, es una revista trimestral de CICLISMO, dirigida por un extraordinario  conocedor de nuestro deporte Javi BODEGAS, y con un presidente de honor de categoría: Marino LEJARRETA., con sede en Lemoiz, y que ya lleva publicados 34 números, y que recomiendo a todos los aficionados a nuestro deporte.

Pues bien, en el  número 34 , con unos excepcionales comentarios de su director, Javi Bodegas, se rinde homenaje al “gregario” español ( insisto  que no me gusta esa palabra, y utilizo mejor la de “coequipier” 9 , donde Javi dice:

- “Corredores que se olvidan de su brillo personal para darlo todo por el bien del equipo, de la escuadra, de la marca. No ganan, pero suelen ser los que reciben más y mejores halagos por parte de todos los miembros de la familia ciclista, y de los directivos de cada equipo.




- "Son los indispensables de sus equipos, áquellos capaces de tirar y tirar durante kilométros y kilómetros sin pedir un mínimo relevo hasta finalizar su enorme trabajo, áquellos a los que los líderes y otros compañeros debe un tanto por ciento muy alto de sus victorias”

- "Valga este número como reconocimiento a los que dejaron una profunda huella en los pelotones y en los buenos aficionados, los CATEDRÁTICOS del trabajo silencioso, que no anónimo”-.


Y se cita en una generación  de auténticos IMPRESCINDIBLES, que pusieron curiosamente punto y final a su carrera en el año 1998:



Marino Alonso, Luis Díaz de Otazu, Herminio Díaz Zabala, Arsenio González, y Alberto Leaznibarrutia,  que  se retiraron todos al final de la misma temporada.

Les hago mi pequeño homenaje, lleno de admiración por ese infatigable trabajo y a esas incontables horas que los vimos tirando de esos pelotones y  los grandes esfuerzos y sacrificios que realizaron durante muchas, muchas temporadas:












MARINO   ALONSO, castellano, ( 13 temporadas ) 
4 temporadas en Teka y 9 en Banesto, acompañando siempre a Indurain en los 5  Tours victoriosos ( solo abandonó en uno a falta de 4 etapas ) , pero con un total de 10 Vueltas y 9 Tours corridos.

En el Teka trabajó para  Alfonso Gutiérrez, Blanco Villar, Chozas, Echave, Clere, Emonds, Elliott, De Jonckheere, Hilze o Dietzen.

En Banesto, además de fiel escudero de Indurain, para Delgado , Gorospe, Casero, José Mª Jiménez, Olano.......
 
También el más laureado de estos 5 magníficos:

Generales de Aragón y de Murcia
2 etapas en la Volta
2 etapas en Bicicleta Vasca,
Etapas en Asturias, Cantabria, La Rioja, Tres Cantos, Valles Mineros

1 etapa en la Vuelta

2 veces vencedor del Trofeo Luis Ocaña
Llodio, Navarra, Naranco……








LUIS DÍAZ DE OTAZU, alavés, profesional de 1988 a 1998 
( 11 temporadas a tope ),  2 temporadas en Seur  y 9 en la Once, con 5 Giros, 3 Vueltas, un Tour y 2 Vueltas a Suizas en su haber.

En Seur trabajó para Blanco Villar, J. L. Navarro, M. A. Martínez Torres, De Jonckheere o Gionanetti . 

En la Once, para Marino Lejarreta, Mauri, Pedro Muñoz, Chozas, Oliverio Rincón, Breukink, Bruyneel, Dufauz, Zulle, Jalabert,......


Especialista de la Once, además de las grandes vueltas, para Monumentos y Clásicas:

4 Milán San Remo, 2 Zurich, 2 París-Tours, Lieja Bastogne Lieja, Tour de Flandes , Gante Wevelgem, Flecha Valona…….

No consiguió ninguna victoria individual, aunque numerosas como integrante del poderoso  equipo Once…..






Y al que he tenido el HONOR de conocer en la salida de Sevilla de la etapa de la última Vuelta  a Andalucía- Ruta del Sol, ya que conducía el autobus del equipo australiano Mitchelton, y ejerce alguna función más. Estuvimos charlando, de  CICLISMO casi media hora, yo encantado de conocer a un admirado Imprescindible, él sorprendido de que un andaluz lo conociera.......continua siendo Indispensable en el equipo, y sus compañeros me comentaron que continua trabajando a destajo. Me presentó a varios de los corredores que vinieron a Andalucía, Zeits, Konyshev, Haig o Edmonson, 




y también a otro de mis grandes admirados M. HAYMAN
un IMPRESCINDIBLE que incluso tuvo fuerzas para imponerse en una París - Roubaix, y ahora tras su retirada ejerce como director del equipo. 

Quién me iba a decir que estaría charlando con él unos años después de esa gesta.






HERMINIO   
DÍAZ  ZABALA
cántabro, 13 temporadas en el pelotón, desde 1986 hasta 1998, 
un   año en Teka, 2 en Reynolds y hasta 10 temporadas en la Once,

En Teka, trabajando para Blanco Villar, Chozas, Dietzen,  De Jonckheere o Alfonso Gutiérrez ....

En Reynolds, para Indurain , Arroyo, Delgado, Gorospe, Laguía o Mauri,....

y en Once para muchos: Chozas, Pedro Muñoz, Marino Lejarreta, Mauri, Fuerte, Etcheverría, Oliverio Rincón,  Dufaux, Breukink, Bruyneel, Zulle, Jalabert,.....

9 Tours, 9 Vueltas y 1 Giro disputados

Vencedor de la Tirreno Adriático, abrió la senda victoriosa de otros corredores españoles en esta prueba

Etapas en Tirreno, Summer Tour , Murcia
2 etapas en Cantabria
1 etapa en la Vuelta









 

ARSENIO GONZÁLEZ, 

otro castellano, 
( 16 temporadas al frente de los pelotones )
 4  temporadas en Kelme, cuatro en Teka, 3 en el Clas, otras 2 en el Mapei, 
y de nuevo otras dos en el Kelme.

En sus primeros años en el Kelme, trabajó para Belda, Recio, Iglesias, Chizabas o Vargas.

En Teka para Dietzen , Hilze, Emonds, Elliott , De Jonckheere, Clere, Blanco Villar, Chozas o Alfonso Gutiérrez.

En el Clas defendía a Rominger, Escartín Gastón , Olano

En Mapei, generalmente en la formación que competía con Rominger y Olano, pero a veces también a F. Van den Broucke o Musseuw......

Y en sus últimas temporadas , en el Kelme a Escartín, J. C. Domínguez, Edo, Heras o "Chepe" González


7 Tours, 11 Vueltas, 3 Giros y 1 Vuelta a Suiza…….

Acompañó siempre a Toni Rominger en sus grandes triunfos, consiguiendo además:
2 etapas en Torres Vedras
1 etapa en la Volta y en Cantabria.
Getxo y Sabinánigo.

También casi especialista en ejercer su extraordinario trabajo  en algunos 

Monumentos: 3 Milán San Remo, 2 Liejas y Lombardía……






 
ALBERTO  LEAZNIBARRUTIA

otro vasco, con comienzos más modestos ( 14 temporadas) , una temporada en Hueso, 1 en Zahor, fichando en 1987 por el Teka, allí hasta 4 temporadas, otras dos en el Clas y 6 en el poderoso Once.

En Hueso, a las óredenes de Angoitia, I. Juárez, De las Heras, Suárez Cuevas o Juan Tomás Martínez,......

En Zahor, prácticamente los mismos corredores a su atención, con un gran escalador Yañez.


En Teka Blanco Villar, Alfonso Gutiérrez, De Jonckheere, Hilze, Dietzen o Clere.

En Clas luchó por Escartín, Echave, Gastón, Emonds y Rominger

Y en la Once a las órdenes de Zulle, Dufaux, Bruyneel, Breukink, Mauri, Etcheverría, Garmendía y Jalabert.

10 Vueltas, 4 Tours y 2 Giros, dónde se impuso en la clasificación del Intergiro.

2 etapas en Torres Vedras
Etapas en País Vasco, Cantabria y G.P. Tensai
Tour de la Vendeé,………




* En algunas de las Grandes Vueltas, la ONCE presentó un equipo donde Luis, Herminio y Alberto estaban entre sus componentes, quién podría dar más ?



Documentación :  URTEKARIA  REVUE, número 34 , anotaciones propias.

Fotografías:  SitiodeCiclismo y Wikipedia

Juan Ocaña Ruiz (abril, 19 y abril 20)