O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, recebeu sábado em audiência especial, nos jardins da Casa Allen, no Porto, uma delegação do ciclismo português e portista, incluindo sobremaneira o vencedor da Volta a Portugal, Amaro Antunes, mais o timoneiro da equipa W52-FC Porto, Adriano Quintanilha, e ainda o presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, Delmino Pereira. Não tendo estado presente o diretor desportivo da equipa vencedora, Nuno Ribeiro, em virtude de lhe ter falecido sua mãe ainda recentemente. Estava para ir também o presidente da Câmara Municipal de Felgueiras, Nuno Fonseca, em representação da terra que tem a sede atual da equipa W52-FC Porto, mas (julgamos, atendendo ao conhecimento do plano inicial) possivelmente pelas condicionantes da pandemia, a receção foi reduzida.
Aproveitando sua agenda de fim-de-semana no Norte do país, Marcelo Rebelo de Sousa homenageou assim o vencedor da "Volta a Portugal-Edição Especial Jogos Santa Casa", Amaro Antunes, mesmo na cidade do Porto. Algo simbolicamente importante, visto o grande vencedor ter sido o esquadrão azul e branco e Amaro Antunes como Portista confesso, em vez de ter de ir a Lisboa e ao Palácio de Belém, como é normal nessas ocasiões, teve esse momento especialíssimo na Invicta cidade do seu clube. Tendo o vencedor da Volta a Portugal oferecido uma sua camisola amarela ao Presidente da República Portuguesa.
A viver momentos felizes, o ciclismo e a equipa W52-FC Porto, teve então esse ato oficial, como corolário da grande vitória na Volta a Portugal.
Desse acontecimento, que teve lugar na Casa Allen, a fazer efeito de residência oficial da Presidência da República durante este fim-de-semana, registamos o facto, aqui neste espaço de memorização portista, através de recorte do que resumidamente foi publicado no jornal O Jogo, edição de domingo 11 de outubro.
Ainda na mesma edição do jornal O Jogo, é feita referência ao Diretor Desportivo Nuno Ribeiro, pela sua estratégia vitoriosa. Tendo pela terceira vez conseguido os 1º e 2º lugares da classificação geral individual na Volta a Portugal, além das vitórias na classificação coletiva por equipas, com a W52-FC Porto; e ainda as somas da Volta e do Grande Prémio mais importante do calendário português.
Armando Pinto - OUTUBRO DE 2020
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lunes, 12 de octubre de 2020
Presidente da República Portuguesa homenageou Amaro Antunes e a vitória da Volta a Portugal em Bicicleta de 2020
lunes, 7 de septiembre de 2020
Efeméride da vitória de Fernando Moreira de Sá na Volta a Portugal, em 1952
Na XXVII Volta a Portugal em Bicicleta o portista Fernando Moreira de Sá foi o vencedor, tendo defendido garbosamente a camisola amarela até à última etapa, concluindo a prova com 12 minutos de avanço sobre o sangalhense Emilio Rodriguez. A mais de 15 minutos ficou o 3º classificado, Manolo Rodriguez também do Sangalhos. Enquanto no 4º lugar ficou Luciano Moreira de Sá, ciclista também do FC Porto e irmão do vencedor; tendo em 5º se quedado o antigo ídolo Fernando Moreira (que depois de ter andado a correr pelo estrangeiro regressou a Portugal e passara a correr pela equipa Mabor). O FC Porto ganhou ainda por equipas, triunfando na classificação coletiva com 5, 55 minutos de avanço sobre a equipa do Sangalhos.
Iniciada a 21 de agosto na pista do Lima, nesse ano de 1952 a Volta a Portugal acabava então no dia 7 de setembro na cidade do Porto, com etapa de consagração no trajeto Vila do Conde-Porto. Perante total domínio do FC Porto e individualmente o Moreira de Sá mais novo haver superado tudo e todos, mantendo por largos dias e até final a liderança, que conquistara a partir da 3ª de 17 etapas, ao longo de 18 dias.
Refira-se que o vencedor era então conhecido e referenciado por Fernando Moreira de Sá, nome comprido comparativamente com os habituais dois nomes atribuídos no tratamento público dos ciclistas, precisamente para diferenciação de seu mano mais velho, Luciano, mas também do antigo ídolo das multidões, Fernando Moreira, que então também passara a ser referido por Fernando Jorge Moreira.
Pois assim, o FC Porto que entrara no ciclismo alguns anos depois de outras equipas, e a partir que passou a competir na Volta a Portugal regularmente desde 1946 e venceu pela primeira vez em 1948, era já pela quarta vez em cinco anos dono da vitória na Grandíssima Volta a Portugal em bicicleta, quando então Fernando Moreira de Sá cruzou a meta no Estádio do Lima e garantia a camisola amarela para o único clube que representou. Ao longo de 17 etapas e de 2.647 quilómetros, o ciclista natural da Maia impôs-se perante a concorrência e terminou a Grandíssima com o tempo de 87 horas, 07 minutos e 31 segundos, uma vantagem de 12 minutos mais 33 segundos para o segundo classificado.
Nesse mesmo ano da vitória de Fernando Moreira de Sá na Volta a Portugal, o mesmo Moreira de Sá e Alves Barbosa, formando equipa, venceram em Caracas, a prova dos 40 quilómetros à americana, na Venezuela, relegando para o segundo e seguintes lugares outras duplas de italianos e luxemburgueses. Sendo à época aquele sangalhense, Alves Barbosa, um dos bons valores nacionais, não chegou depois a entrar na Volta Portuguesa, havendo notícias de não ter sido dispensado temporariamente do serviço militar, em que estava incorporado oficialmente (enquanto foi autorizado a ir à Venezuela), embora aparecessem outras notícias dizendo que não quis arriscar ir à Grandíssima por deficiente preparação, precisamente por estar na tropa. Ainda na mesma época e relacionado com todo esse enquadramento, refira-se que Luciano Moreira de Sá, o irmão do vencedor da Volta de 1952, venceu a grande clássica portuguesa Porto-Lisboa (tendo até o mesmo Luciano Sá repetido em 1953 a vitória na mesma grande ligação num só dia entre a capital do Norte e a capital do País).
Para melhor ilustrar tal grandiosa vitória de Fernando Moreira de Sá na Volta a Portugal em Bicicleta de 1952, porque as imagens dispensam mais palavras, atente-se nas descritivas pranchas desenhadas que incluem o álbum “OS HERÓIS DA ESTRADA” (em banda desenhada, edição de 1986 d’ O Jogo e Jornal de Notícias).
Fernando Moreira de Sá, falecido entretanto em 2014 com 85 anos, foi mesmo um dos mais relevantes ciclistas da sua geração, entre as décadas de 40 e 50 do século passado, tendo ingressado no FC Porto com apenas 17 anos. E de azul e branco fez toda a carreira, que teve como pontos altos a conquista da Volta a Portugal de 1952, bem como o Campeonato Nacional de 1950. Numa altura em que o ciclismo era uma modalidade muito popular, Moreira de Sá era um dos ciclistas mais acarinhados pelos adeptos, não só devido às suas qualidades como ciclista, mas também pelo comportamento exemplar que teve sempre para com companheiros e adversários.
Nascido a 12 de junho de 1928, na Maia, Fernando Moreira de Sá, além desse ponto mais alto da sua carreira desportiva com a vitória na Volta a Portugal de 1952 e a também destacável vitória no Campeonato Nacional em 1950 e para cinco títulos de campeão regional de fundo, também se destacou em ter ido ao pódio da Volta anos antes da sua vitória, junto com seu irmão, havendo eles sido 2º e 3º classificados na Volta a Portugal de 1950, ganha pelo colega de equipa Dias dos Santos.
= Ladeando o vencedor da Volta a Portugal em 1950, Dias dos Santos, na companhia também de seu irmão Luciano. =
Ora, Fernando Moreira de Sá foi um dos expoentes dessa modalidade desportiva de pergaminhos dourados dentro da história do F C Porto. Era assim chamado popularmente, na extensão do nome, ou ainda por Moreira de Sá, para se distinguir do famoso Fernando Moreira, mais velho mas seu contemporâneo, assim como de seu irmão Luciano Sá, vencedor de duas edições da clássica Porto-Lisboa. Havendo ele, Fernando, por sua vez, tido mais triunfos e estado à beira de outros também importantes, como aqui afloramos, através de alguns recortes coevos… com que se demonstra não ter sido apenas a vitória na Volta a Portugal que o tornou afamado.
Com efeito, entre as corridas em que participou, sempre em lugares de destaque, Moreira de Sá, por exemplo, teve papel importante na Volta conquistada em 1950 pelo colega de equipa Dias dos Santos – conforme se ilustra com imagens da época, também. Mas houve outras peripécias sintomáticas de sua aura ciclista, conforme aqui recordamos, de seguida…
= Reportando à Volta a Portugal de 1951, o valor de Moreira de Sá era reforçado com a história do roubo da vitória na clássica 9 de Julho, no Brasil… =
Muito admirado no seio da família Portista, Moreira de Sá era conhecido por "locomotiva", com que ficou ainda e sempre é referido, derivado de sua velocidade evidente e por puxar, por assim dizer, o ciclismo do F C Porto para a ribalta da liderança nacional. Especialmente pela categoria de nesse tempo ter sido o melhor contra-relogista ibérico durante vários anos, sensivelmente ao longo de quase uma década.
Como lídimo representante do ciclismo nortenho, quando o campeoníssimo Fernando Moreira andou pelo estrangeiro e depois regressou sem o anterior fulgor, Moreira de Sá não teve apoio da comunicação social sulista e era visto pelos adeptos dos clubes adversários como alguém que lhes tirava veleidades… a pontos de, mais tarde, ainda, um livro intitulado História da Volta, transcrito para a página informática da Federação, lhe tentar retirar méritos, por Alves Barbosa não ter participado na Volta de 1952. Como se os lugares triunfais estivessem reservados… Mas a história encarrega-se sempre, como o azeite, de vir acima e repor as verdades, sabendo-se que Fernando Moreira de Sá teve uma carreira brilhante, digna de muito apreço. Vencedor moral, embora 2º classificado, na Volta do 9 de Julho de São Paulo-Brasil, em 1951, por não lhe ter sido reconhecida a vitória nessa prova através de artimanhas de bastidores, foi aí vítima de inventona a que em Portugal alguma imprensa pró-clubes de Lisboa deu enfoque desvirtuador, como é costume. Veio mais tarde, em 1952, a obter um importante triunfo internacional, ao vencer em Caracas (Venezuela) os 40 quilómetros à americana, com Alves Barbosa a completar a dupla e relegando para lugares imediatos italianos e luxemburgueses. E, como bem relatou Victor Queirós, profundo conhecedor da História do F C Porto, Fernando Moreira de Sá «foi um ciclista de nível mundial, o mais completo de uma família de ciclistas, os 3 Irmãos Sá, que contribuíram imenso para o domínio esmagador do FC Porto entre os anos 1940 e 1970. Moreira de Sá era um contra-relogista ímpar e um trepador emérito, e a sua humildade notou-se pela forma como se manteve ao serviço do colectivo no período mais brilhante de Fernando Moreira, com quem dominou as estradas nacionais e internacionais. Foi dos poucos a bater homem a homem Gino Bartali, bi-vencedor do Tour de France.»
De seu currículo, consta na ficha oficial, mais precisamente, que Fernando Moreira de Sá, sempre como ciclista do F C Porto, foi cinco vezes Campeão Regional e duas Campeão Nacional (uma como independente, categoria superior desse tempo, e uma como amador). Ganhou etapas e circuitos em provas diversas, tendo ainda em 1950 sido 2º classificado na corrida Madrid-Porto (com a participação de 10 portugueses e 10 espanhóis). Depois foi 2º classificado na Volta a S. Paulo e 12º na Volta a Marrocos, em 1951. Na Volta a Portugal, ganhou 3 etapas. Foi o vencedor da Volta em 1952, obtendo ainda um 3º, um 4º, um 5º e um 8º lugares. Em 1952, também venceu na Venezuela a referida clássica prova de 40 Kms à americana. Tendo nesse mesmo ano de 1952 conquistado então a Volta a Portugal, feito deveras eloquente pela sua superioridade patenteada.
De seu currículo, consta na ficha oficial, mais precisamente, que Fernando Moreira de Sá, sempre como ciclista do F C Porto, foi cinco vezes Campeão Regional e duas Campeão Nacional (uma como independente, categoria superior desse tempo, e uma como amador). Ganhou etapas e circuitos em provas diversas, tendo ainda em 1950 sido 2º classificado na corrida Madrid-Porto (com a participação de 10 portugueses e 10 espanhóis). Depois foi 2º classificado na Volta a S. Paulo e 12º na Volta a Marrocos, em 1951. Na Volta a Portugal, ganhou 3 etapas. Foi o vencedor da Volta em 1952, obtendo ainda um 3º, um 4º, um 5º e um 8º lugares. Em 1952, também venceu na Venezuela a referida clássica prova de 40 Kms à americana. Tendo nesse mesmo ano de 1952 conquistado então a Volta a Portugal, feito deveras eloquente pela sua superioridade patenteada.
Detentor como foi de tão prestigiante palmarés, Fernando Moreira de Sá tem lugar entre os nomes mais ilustres do desporto dos pedais em Portugal e na memória do mundo azul e branco. Constando mesmo uma sua bicicleta e uma taça de seu espólio no Museu do FC Porto.
Armando Pinto - 07 de setembro de 2020
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domingo, 30 de agosto de 2020
Efeméride e recordações da Volta a Portugal de 1964, ganha por Joaquim Leão, do FC Porto
A 30 de agosto, em 1964, chegava ao fim a Volta a Portugal, na tarde desse domingo, na conclusão da última etapa da 27ª edição da Grandíssima Portuguesa.
Enquanto este ano de 2020 não chegou ainda a Volta a Portugal em bicicleta, atrasada devido às restrições oficiais derivadas da pandemia do Covid-19 e que em princípio terá edição especial proximamente (entre finais de setembro até ao início de outubro), estão em banho maria as atenções que costumam alargar raios de ação pela prova rainha do desporto dos pedais.
Entretanto, na proximidade e sobretudo pela pertinência, na calha da efeméride de uma das Voltas a Portugal mais populares, evoca-se aqui e agora desta feita a Volta a Portugal de 1964, ganha por Joaquim Leão do FC Porto, clube igualmente triunfador por equipas na mesma prova.

Com efeito, a 30 de agosto de 1964 concluiu-se essa edição da Volta, a então 27ª Volta a Portugal. Com Joaquim Leão a erguer o braço de triunfo final ao chegar ao risco branco da meta, na pista do estádio de Alvalade, em Lisboa.
Vem assim a talhe, não de foice mas de bicicleta de corrida, a evocação dessa vitória .
Como nota de enquadramento, pode rever-se o que sobre essa mesma prova ficou narrado no livro “História da Volta”, de Guita Junior, que ilustra algo, apesar de conter diversas incorreções (tendo essa obra infelizmente enganos que têm induzido em erro outras publicações).
Iniciada a 14 de agosto, desse ano de 1964, a Grandíssima Volta Portuguesa foi para a estrada pela 27ª vez, até aí. Tendo no decurso da mesma sido estabelecido novo recorde, em sinal de como foi disputada e resultou em autêntico sucesso, à medida do entusiasmo popular gerado.
Para uma visão eslarecedora, o resumo da corrida está deveras bem ilustrado em esclarecedores figurações patentes no álbum de banda desenhada “OS HERÓIS DA ESTRADA”, de 1986, edição dos jornais O Jogo e Jornal de Notícias.
Com efeito, foi todo um bom trabalho de equipa que ajudou à vitória do grande ciclista, em tamanho e valor. Com os interesses coletivos a sobreporem-se às possibilidades individuais de cada um dos oito ciclistas que começaram e acabaram a Volta na equipa do FC Porto. Tendo um dos exemplos acontecido na etapa em que Joaquim Leão alcançou a liderança da classificação geral. Conforme sucedeu com Ernesto Coelho, que ia então classificado em 4º da Geral, com possibilidades de ficar no pódio final, mas, tendo sofrido um furo e ficado para trás à espera de assistência, foi sacrificado por isso ter acontecido na ocasião em que Joaquim Leão devia atacar, lançando-se em busca do primeiro posto. Pois o técnico Onofre Tavares teve de deixar o pupilo que se atrasara momentaneamente, optando naturalmente pela melhor posição do que ia na frente. E no final Ernesto Coelho lá estava ao lado de Joaquim Leão, satisfeito com a vitória do colega – como a foto seguinte é elucidativa.
Entretanto, na proximidade e sobretudo pela pertinência, na calha da efeméride de uma das Voltas a Portugal mais populares, evoca-se aqui e agora desta feita a Volta a Portugal de 1964, ganha por Joaquim Leão do FC Porto, clube igualmente triunfador por equipas na mesma prova.

= Equipa do FC Porto que venceu a Volta de 1964 individual e coletivamemte, terminando com todos os 8 ciclistas com que começou a prova, os que era legalmente permitido inscrever. Aqui, no instantâneo fotográfico, num momento da volta de honra à pista de Alvalade onde terminou a última etapa, com o treinador Onofre Tavares a comandar o esquadrão valoroso.
Com efeito, a 30 de agosto de 1964 concluiu-se essa edição da Volta, a então 27ª Volta a Portugal. Com Joaquim Leão a erguer o braço de triunfo final ao chegar ao risco branco da meta, na pista do estádio de Alvalade, em Lisboa.
Vem assim a talhe, não de foice mas de bicicleta de corrida, a evocação dessa vitória .
Como nota de enquadramento, pode rever-se o que sobre essa mesma prova ficou narrado no livro “História da Volta”, de Guita Junior, que ilustra algo, apesar de conter diversas incorreções (tendo essa obra infelizmente enganos que têm induzido em erro outras publicações).
Iniciada a 14 de agosto, desse ano de 1964, a Grandíssima Volta Portuguesa foi para a estrada pela 27ª vez, até aí. Tendo no decurso da mesma sido estabelecido novo recorde, em sinal de como foi disputada e resultou em autêntico sucesso, à medida do entusiasmo popular gerado.
Para uma visão eslarecedora, o resumo da corrida está deveras bem ilustrado em esclarecedores figurações patentes no álbum de banda desenhada “OS HERÓIS DA ESTRADA”, de 1986, edição dos jornais O Jogo e Jornal de Notícias.
= Joaquim Leão, com a coroa de louros sobre a camisola amarela de vencedor da Volta, em momento de saudação vitoriosa, tendo o colega de equipa Ernesto Coelho ao lado.
Essa Volta foi mesmo deveras empolgante, estando ainda na memória pessoal do autor destas linhas. Tendo então, jovenzinho ainda em idade escolar do ensino primário, guardado diversas gravuras recortadas de jornais da época. Imagens que são hoje relíquias de estimação pessoal, também.
Assim sendo, deixa-se a narrativa a cargo de imagens documentais do arquivo pessoal do autor, de recortes e papéis preservados, algo amarelecidos pelo tempo, cujos originais temos guardados, com dobras, anotações pessoais e outras particularidades (fora as iniciais AP que, sempre de forma diversa, apenas colocamos como marca na digitalização). De material capaz de reforçar quão interessante é a história do ciclismo no seio da coletividade azul e branca, como modalidade que, em seus tempos áureos, captou muito entusiasmo e apoio à causa Portista.
Eis aí, então, algumas recordações mais da Volta individualmente conquistada por Joaquim Leão, e coletivamente aumentou o número de triunfos do F C Porto, em 1964. Com registos pessoais já, à feição da época.
Essa imagem icónica, guardada também pessoalmente de recorte da revista Flama, era acompanhada por curiosa descrição de toda a envolvência desse feito de Joaquim Leão.
= Joaquim Leão, com a coroa de louros de trunfo na Volta a Portugal, num dos atos comemorativos com que na época foi homenageado, ladeado pelos seus colegas de equipa Mário Silva e Sousa Cardoso. =
Mais recentemente, a Volta a Portugal de 1964, a Volta de Joaquim Leão, ficou ainda anotada num álbum de autocolantes, com legenda, em curioso formato redondo duma roda de bicicleta, com o título “À Volta da VOLTA a PORTUGAL”, em 2018, do Jornal de Notícias.
Joaquim Leão continuou depois a andar em lugares de destaque nas corridas pelos tempos adiante, como seu palmarés reflete. Com medalhas e faixas de vencedor e campeão que emoldurou num quadro que tinha em lugar de destaque no seu estabelecimento de cafetaria, o seu café no centro de Sobrado, na terra natal. Quadro esse que é visível na imagem cimeira deste artigo, em torno de fotografia dele mesmo com a camisola de vencedor da Volta. Como também se pode ver em captação fotográfica algo recente, ainda em vida.
Passados anos desse cometimento, em sinal da importância dessa Volta ganha, Joaquim Leão foi entrevistado pelo Jornal de Notícias para recordar precisamente tal triunfo.
Tudo também pelo interesse que a Grandíssima desperta. Como aqui se releva, prestando atenções memoriais à Volta portuguesa, por estas alturas em que os ciclistas dão pedaladas de preparação para a maior prova nacional velocipédica.
Pois então, em mais uma corrida pelo tempo, ao sabor da brisa das recordações, erguemos o dorso , na escrita, para recuperação de fôlego desta modalidade que passa a grande parte das terras e às casas das pessoas, para regressar à memorização sobre a importância dada ao ciclismo, esse desporto sobre rodas que tanto engrandece o F C Porto, no caso.
Pois então, em mais uma corrida pelo tempo, ao sabor da brisa das recordações, erguemos o dorso , na escrita, para recuperação de fôlego desta modalidade que passa a grande parte das terras e às casas das pessoas, para regressar à memorização sobre a importância dada ao ciclismo, esse desporto sobre rodas que tanto engrandece o F C Porto, no caso.
Pois sim. E com isso houve sempre um grande entusiasmo portista pelo ciclismo, visto o F C Porto, entre, pelo menos, finais da década de quarenta até princípios da década de sessenta, ter tido grande predomínio nas corridas oficiais de bicicletas. Daí o autor destas linhas ter andado a par e passo atento à carreira dos ciclistas de azul e branco vestidos, pelos idos longínquos tempos de infância (de quem recorda estas andanças), quando surgiram as vitórias de Sousa Cardoso e, depois Mário Silva, depois ainda José Pacheco, até que, passado um ano de interregno, se seguiu a Volta a Portugal ganha por Joaquim Leão, esse ciclista grande em tamanho e valor... que muito admiramos, como ciclista da camisola das duas listas azuis das Antas e colega dos nossos ídolos principais dessas épocas, Mário Silva, Sousa Cardoso, Azevedo Maia, Ernesto Coelho, Carlos Carvalho, Joaquim Freitas, José Pinto, Mário Sá, etc..
Assim, no lanço, relembramos a referida entrevista (no JN em 1999) dedicada ao Joaquim Leão, através duma retrospetiva efetuada ao correr dos anos noventa, do século passado, já, a lembrar o grande triunfador individual da Volta a Portugal de 1964.
Assim, no lanço, relembramos a referida entrevista (no JN em 1999) dedicada ao Joaquim Leão, através duma retrospetiva efetuada ao correr dos anos noventa, do século passado, já, a lembrar o grande triunfador individual da Volta a Portugal de 1964.
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Joaquim Leão faleceu a 5 de dezembro de 2018, com 75 anos. Desaparecendo então fisicamente mais um ídolo de nossa infância e dos tempos em que o FC Porto fazia frente ao sistema desportivo nacional por meio do ciclismo…
Joaquim Leão, o tal, que contrariando o nome, deu grandes alegrias ao mundo do clube Dragão.
Joaquim Leão foi um dos quatro ciclistas de Sobrado (Valongo) que venceu a Volta a Portugal em bicicleta (os outros foram Fernando Moreira, Nuno Ribeiro e Rui Vinhas; e todos do FC Porto). Foi em 1964 que o ex-ciclista sobradense venceu a prova rainha em Portugal. No museu do FC Porto está a camisola da vitória com que Joaquim Leão envergava no dia 30 de agosto, quando terminou a Volta.
Nessa altura Joaquim Leão foi recebido como um herói. Como recordava: -“Vim de carro descapotável, desde o alto da Serra até Sobrado... era só gente na estrada. Em Ermesinde, a minha irmã que era freira, colocou-me uma coroa de flores. Aqui em Sobrado era só gente e foi uma festa tão grande como nunca mais se viu. Tenho mesmo muitas saudades desses momentos”.»
Temos também (expressando em linguagem clássica, o autor deste blogue) uma cassete de vídeo, ainda no formato antigo de imagem, sobre a Volta ganha por Joaquim Leão, que ele próprio oferecera em tempos ao seu antigo colega de equipa Ernesto Coelho, em reconhecimento do mesmo ter sido um dos que mais o ajudaram no trabalho de equipa para essa vitória… e que, por sua vez, o amigo Ernesto Coelho me ofereceu, a mim, autor e gestor deste blogue.
Joaquim Leão com a camisola do clube azul e branco percorreu as estradas do país para inúmeras vitórias durante cerca de uma dezena de anos. Conseguiu vários títulos, nomeadamente seis de campeão nacional de estrada, uma clássica Porto-Lisboa e conquistou outros prémios. Sendo na condição de campeão que esteve na Festa dos Campeões, ao tempo tradicioanl do clube, em 1968. Primeito num repasto festivo, de tarde, na Quinta da Vinha, do Presidente Honorário do FCP Sebastão Ferreura Mendes; e depois num festival noturno no estádio das Antas. Momentos esses registado nas fotos seguintes.
Joaquim Leão com a camisola do clube azul e branco percorreu as estradas do país para inúmeras vitórias durante cerca de uma dezena de anos. Conseguiu vários títulos, nomeadamente seis de campeão nacional de estrada, uma clássica Porto-Lisboa e conquistou outros prémios. Sendo na condição de campeão que esteve na Festa dos Campeões, ao tempo tradicioanl do clube, em 1968. Primeito num repasto festivo, de tarde, na Quinta da Vinha, do Presidente Honorário do FCP Sebastão Ferreura Mendes; e depois num festival noturno no estádio das Antas. Momentos esses registado nas fotos seguintes.
= Pose de um grupo de ciclistas campeões, junto com dirigentes do clube. Vendo-se, entre outros, a seguir aos dois prmeiros da foto... Joaquim Leite, Delfim Santos, Custódio Gomes, o ao tempo vice-presidente Dr. Miguel Pereira, Sebastião F. Mendes, o presidente Pinto de Magalhães, Joaquim Leão, Manuel de Sousa, José Azevedo e José Luís Pacheco.
= Joaquim Leão com a faixa de campeão nacional, entre campeões, na equipa do FC Porto.
Joaquim Leão, anos mais tarde, por alturas em que o FC Porto deixara de ter equipa de ciclismo profissional e manteve durante algum tempo apenas o escalão amador de formação, foi também treinador do clube. E continuou pelos tempos além sempre portista, um bom portista. Merecedor, como é, de estar sentimentalmente na Memória Portista.
Armando Pinto - agosto de 2020
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