jueves, 28 de septiembre de 2017

A Morte de Alberto Raposo


Homenagem da AIHEC de Setembro a um grande ciclista português...


Alberto Raposo 



A MORTE DE 
ALBERTO RAPOSO 


FALECEU, no domingo*, em plena mocidade, o antigo corredor Alberto Raposo, que se afirmou brilhantemente, na estrada e em pista, pelo seu temperamento voluntarioso e irrequieto, deixando excelente impressão das suas magníficas faculdades de corredor, nas duas vezes em que esteve no país vizinho. 
Entre os clubes em que alinhou, distinguiu-se especialmente no Belenenses e no Grupo Desportivo da Iluminante. Neste último clube, deixa  Alberto Raposo uma excelente impressão de camaradagem. Próximo do desenlace fatal, Raposo lembrou-se ainda de alguns colegas de equipa. 
Alberto Raposo veio para o ciclismo com uma tradição de família; seu pai, Joaquim Raposo, foi um grande corredor de pista e estrada, batendo-se algumas vezes com ciclistas estrangeiros e tendo ainda tomado parte na I «Volta a Portugal»; Júlio Raposo, seu irmão, revelou-se como corredor quando ainda residia no distrito de Viseu, tendo-se retirado prematuramente. 
Alberto Raposo conquistou bons triunfos em muitas provas, das mais variadas características. Era essencialmente, como dissemos, um corredor voluntarioso, que combatia pelo prazer da luta, sem defesas excessivas. Uma das suas proezas de maior relevo foi a de uma «fuga» no Porto-Lisboa, há anos. Pareceu uma fugida precipitada, mas serviu para que o vencedor, Alfredo de Oliveira, chegasse e Lisboa com mais de uma hora de avanço, sobre os «ases». A Joaquim e Júlio Raposo, bem como à restante família do extinto e à direcção do Grupo Desportivo da «Iluminante», endereçamos o nosso cartão de pêsames. 

A redacção da revista "Stadium"

* 10 de Setembro de 1944



Diario "El Mundo Deportivo" (1942)


Fonte: Revista Stadium n.93 de 13 de Setembro de 1944

Eduardo Cunha Lopes



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