jueves, 4 de junio de 2020

Na roda do Dia Mundial da Bicicleta: mais lembranças de ciclismo de outros tempos, na linha histórica do F.C. Porto e do ciclismo em Portugal...


Celebra-se a 3 de junho o Dia da Bicicleta. Sendo oficialmente Dia Mundial da Bicicleta.

Ora, embora o mundo seja uma bola que rebola, como se diz, e mesmo no célebre poema da pedra filosofal até seja acrescido que pula e avança, é sabido que com rodas tudo anda mais depressa, e melhor ainda. Rolando bem então o imaginário de afetos no mundo das rodas, quer dos carros que dão comodidade de transporte, como das bicicletas e outros meios de deslocação. Acrescendo que no caso das bicicletas há ainda todo um mundo de entusiasmo pelo que consubstancia o desporto da competição nas chamadas bicicletas de corrida. Sendo o ciclismo algo empírico na redoma de heróis dos pedais que se tornaram e fazem admirados pelos adeptos apreciadores do ciclismo de alta competição.


É pois um orgulho que o FC Porto tenha esta modalidade na sua profusão coletiva, dentro do ecletismo atualmente possível. Além de ser o clube português com melhor palmarés histórico nesta modalidade, quer entre clubes desportivamente ecléticos, como mesmo de equipas apenas vocacionadas a essa vertente competitiva.  Juntando ainda afetividade de apoio e aprovação à atualidade da parceria que tem tornado possível a existência da equipa W52-FC Porto, antes sediada em Sobrado-Valongo e atualmente em Felgueiras, mas com paradigma especial de marcação da casa FC Porto.


Na oportunidade, e como uma das muitas possíveis homenagens a este desporto que entusiasma multidões e leva ao mais genuíno apoio popular até às bermas das estradas e inclusive às portas de muita gente, evocamos algumas das vitórias do FC Porto de eras antepassadas. Porque mesmo com o presente do ciclismo portista em grande, há todo um passado glorioso sempre digno de reconhecimento.


Assim sendo, entre tantos e tantos possíveis exemplos, desta vez deitamos olhos a dois nomes do percurso histórico das bicicletas no FC Porto, por meio de evocação de Onofre Tavares e Carlos Carvalho, dois grandes nomes do ciclismo do FC Porto. O senhor Onofre porque foi um dos primeiros grandes ídolos das multidões do ciclismo nortenho de finais dos anos quarenta a princípios dos da década de cinquenta e teve apogeu enquanto ciclista do FC Porto. E Carlos Carvalho por ter sido o grande ciclista trepador português, chamado Rei da Montanha, detentor do recorde de quatro vitórias no Prémio da Montanha em quatro edições da Grandíssima Volta a Portugal (embora em certas publicações apenas indiquem erradamente três, mas foram e são mesmo quatro!). Recordando-o em início de carreira, por ser fase menos conhecida atualmente em publicações da especialidade, na lembrança de um seu título de Campeão Nacional ainda em Amadores. Ao mesmo tempo que Onofre Tavares se sagrava Campeão de Independentes  – conforme se prova por recortes do jornal O Porto, de 9 de junho de 1953.  Reportando os Campeonatos Nacionais de 1953 das categorias dos mais velhos e mais novos ciclistas desse tempo.


Dessa mesma prova já na respetiva data de efeméride se anotou o facto, acrescentando desta vez esta forma de ilustração dessas mesmas vitórias.

Armando Pinto - Junho de 2020
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